segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Terças missionárias Igreja em saída. Paróquia em missão Amoris Laetitia – capítulo VII – “Reforçar a educação dos filhos” Papa Francisco

Caríssimos, neste capítulo, Papa Francisco traz de início um importante questionamento: quem se ocupa de oferecer aos filhos diversão, entretenimento; que conteúdo entra em casa através da televisão, do computador, dos celulares? Sempre faz falta a vigilância; o abandono nunca é sadio. A obsessão, porém, não é educativa, querer controlar o filho o tempo todo não é saudável. O que interessa é gerar no filho, com muito amor, processos de amadurecimento da sua liberdade, de preparação, de crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia. A educação envolve a tarefa de promover liberdades responsáveis, para que, nas encruzilhadas, os filhos saibam optar com sensatez e inteligência, que considerem a liberdade como um dom imenso.

            Os pais devem, com carinho e testemunho, gerar confiança nos filhos, inspirar-lhes um respeito amoroso. Além disso, devem formar os filhos para que eles possam chegar a descobrir por eles mesmos a importância de determinados valores, princípios e normas, em vez de os impor como verdades indiscutíveis. O fortalecimento da vontade e a repetição de determinadas ações, como dizer por favor, com licença, obrigado, constroem a conduta moral.

            É indispensável sensibilizar a criança e o adolescente para se darem conta de que as más ações têm consequências. É preciso despertar a capacidade de colocar-se no lugar do outro e sentir pesar pelo sofrimento originado pelo mal feito. A correção é um estímulo quando, ao mesmo tempo, se apreciam e reconhecem os esforços e quando o filho descobre que os seus pais conservam viva uma paciente confiança. Uma criança corrigida com amor sente que foi levada em consideração, percebe que é alguém, dá-se conta que seus pais reconhecem as suas potencialidades. Deve-se encontrar um equilíbrio entre a disciplina e o estímulo para o filho ir mais além.

            A família é a primeira escola dos valores humanos, na qual se aprende o bom uso da liberdade; é onde se aprende a relacionar-se com o outro, a escutar, partilhar, suportar, respeitar, ajudar, conviver. Na época atual, em que reina a ansiedade e a pressa tecnológica, uma tarefa muito importante das famílias é educar para a capacidade de esperar.

            No ambiente familiar, é possível também repensar os hábitos de consumo, cuidando juntos da casa comum, do meio ambiente. Um outro ponto é que as tecnologias podem ser úteis para pôr em contato os membros da família, que vivem longe, porém sem substituir a necessidade do diálogo pessoal que o contato físico traz.

            Um outro ponto que este capítulo traz é sobre a educação sexual. Em um tempo em que se tende a banalizar e empobrecer a sexualidade, só se poderia entender no contexto de uma educação para o amor, para a doação mútua; a valorização da diferença e a aceitação do corpo.

            A educação dos filhos deve estar marcada por um percurso de transmissão da fé, que se vê dificultado pelo estilo de vida atual, pelo horário de trabalho e pela complexidade do mundo. A família dever continuar a ser lugar onde se ensina a perceber as razões e a beleza da fé, a rezar e a servir o próximo. A fé e dom de Deus, recebido no batismo, e não o resultado de uma ação humana; mas os pais são instrumentos de Deus para a sua maturação e desenvolvimento. A transmissão da fé pressupõe que os pais vivam a experiência real de confiar em Deus, de procura-lo, de precisar d’Ele, porque só assim “uma geração conta à outra as tuas obras [de Deus] e anunciam as suas maravilhas” (Sl 145/144,4).

Tatiane Bittencourt
Comipa PNSA

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