terça-feira, 2 de agosto de 2016

IGREJA EM SAÍDA - PARÓQUIA EM MISSÃO - MARCAS DO NOSSO TEMPO


Estimados irmãos em Cristo, paz!

              está assim escrito: “Evangelizar é, em primeiro lugar, dar testemunho”. A Igreja no Brasil, apesar da diversidade cultural, econômica e política de cada região, apresenta suas diretrizes para promover a justiça e a paz, mas cada comunidade é convidada a conhecer bem os seus desafios, os desafios do local onde está inserida.
Evangelii Gaudium, Alegria do Evangelho,


  Continuando nossas reflexões sobre os Documentos da Igreja, hoje vamos conversar um pouco sobre o Capítulo II do Documento 102 da CNBB “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”. Ele inicia falando sobre a vinda de Jesus Cristo, que assumiu a condição humana, nascendo e vivendo como um de nós e ensinou a seus discípulos para anunciarem o Evangelho à luz da Sua pessoa. Evangelizar é também enfrentar os diferentes desafios que podem se apresentar. E quantos desafios Jesus e os discípulos não enfrentaram? Talvez hoje tenhamos diferentes desafios, mas o ser humano é ser humano em qualquer tempo da história ou lugar. Para enfrentarmos esses desafios devemos estar atentos aos sinais dos tempos (falamos sobre isso no Documento 100) com discernimento e fé. Na

                Vivemos numa época de grandes transformações: há avanços na ciência, nas tecnologias, assim como no aspecto social, como a promoção da mulher na sociedade, no mercado de trabalho. Mas impera o consumo e o lucro, com aumento progressivo do relativismo, da ausência de sólidas referências, a superficialidade. Tudo isso traz desafios existenciais, inquietações, inseguranças, além do individualismo. Atinge em especial a família. Crescem as ofertas de felicidade, realização e sucesso pessoal, que não consideram o bem comum e a solidariedade. Trata-se de uma economia caracterizada pela exclusão e pela desigualdade social, geradora de uma cultura do bem-estar pessoal e do descartável. Surgem, assim, práticas preocupantes de banalização da vida, como o aborto, a violência, a corrupção, a ausência de políticas públicas efetivas para uma vida digna. É preciso transformar a sociedade, repensar a função do Estado e redescobrir os valores éticos.

                No aspecto religioso, constata-se um forte pluralismo com práticas voltadas para o emocionalismo e sentimentalismo, o que favorece a manipulação da mensagem do Evangelho. Deixa de lado a salvação em Cristo. Tudo isso enfraquece o sentido de pertença e o vínculo comunitário, dificultando a iniciação à vida cristã. As pessoas se afastam da comunidade Igreja, perde o compromisso comunitário. A Comunidade Igreja não pode ser mera prestadora de serviços, mas deve ser o lugar da vivência fraterna da fé. Sente-se a necessidade de encontrar uma nova figura de comunidade eclesial, acolhedora e missionária.

                Por tudo o que vimos até aqui, cresce a responsabilidade pessoal. Cada um deve ser fiel a Cristo ao pensar, sentir e agir. O discípulo missionário não desanima nem se acomoda, mas reage segundo o espírito das bem-aventuranças (Mt 5, 1ss), colocando-se atento na presença do Senhor (1Sm 3, 9-10). O missionário crê que o Espírito é a força de Deus presente na vida das pessoas e da comunidade eclesial e confia que Ele conduz, orienta e ilumina.

Os desafios existem para serem superados.

Não deixemos que nos roubem a força missionária!





Tatiane Bittencourt
Comissão de Festas e Eventos 
Paróquia Nossa Senhora Aparecida

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