quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CATEQUESE - Nunca fica desapontado quem se entrega a Deus, afirma Bento XVI

Em sentido horário, da esquerda para a direita: Bento XVI chega à Sala Paulo VI para a Catequese; saúda os fiéis; grupo de religiosas acena ao Papa


O Papa Bento XVI afirmou na Catequese desta quarta-feira, 1º, que as promessas de Deus são sempre maiores que as expectativas humanas.

"Deus supera sempre todo o amor humano. [...] Se nós entregamos a Deus, ao seu imenso amor, os desejos mais puros e mais profundos do nosso coração, nunca seremos desapontados", disse.

O Pontífice falou sobre Santa Juliana de Norwich, mística inglesa que viveu nas proximidades de Londres, entre os séculos XIV e XV, adotando um estilo de vida eremita. A reflexão dá sequência aos ensinamentos do Santo Padre sobre grandes mulheres da Idade Média.


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.: Catequese de Bento XVI sobre Santa Juliana de Norwich


"Juliana de Norwich compreendeu a mensagem central para a vida espiritual: Deus é amor e somente quando nos abrimos, totalmente e com confiança total, a este amor e deixamos que ele se torne nosso único guia da existência tudo se transforma, encontramos a verdadeira paz e a verdadeira alegria e se é capaz de difundi-lo em torno de si", ensinou o Bispo de Roma.

Bento XVI salientou que um pensamento da santa é utilizado no Catecismo da Igreja Católica para expressar o ponto de vista da fé sobre um tema que não cessa de constituir uma provocação para todos os fiéis:

"Se Deus é sumamente bom e sábio, porque existem o mal e o sofrimento dos inocentes? Também os santos, exatamente os santos, colocaram-se frente a essa questão. Iluminados pela fé, eles nos dão uma resposta que abre o nosso coração à confiança e à esperança: nos misteriosos desígnios da Providência, também do mal Deus é capaz de tirar um bem maior", apontou.


O Pontífice também assinalou sua admiração e gratidão pelos mosteiros de clausura:

"As mulheres e homens que se retiram para viver em companhia de Deus, exatamente graças a essa sua escolha, adquirem um grande senso de compaixão pelas dores e fraquezas dos outros. Amigos e amigas de Deus, dispõem de uma sabedoria que o mundo, do qual se afastam, não possui e, com amabilidade, partilham-na com aqueles que batem à sua porta. Penso, portanto, com admiração e gratidão, nos mosteiros de clausura femininos e masculinos que, hoje mais que nunca, são oásis de paz e esperança, precioso tesouro para toda a Igreja, especialmente por enfatizar a primazia de Deus e a importância de uma oração constante e intensa para o caminho da fé".



Santa Juliana

A maior parte das informações sobre a vida de Santa Juliana provém do livro Revelações do Amor Divino, que recolhe as visões místicas com que a inglesa foi agraciada. Sua existência coincide com um período conturbado tanto para a Igreja - dividida pelo cisma que se seguiu após o regresso do Papa de Avignon a Roma - quanto para a vida das pessoas, que sofriam com o pós-guerra entre o reino da Inglaterra e o da França.

"Deus, porém, mesmo nos tempos de tribulação, nunca deixa de inspirar pessoas como Juliana de Norwich, para chamar os homens à paz, ao amor e à alegria", recordou o Papa.

Juliana, inspirada pelo amor divino, viveu o estilo de vida anacoreta, habitando no interior de uma cela, situada perto da igreja dedicada a São Juliano, na cidade de Norwich, um importante centro urbano daquela época. Sobre esse modo de vida, adotado por tantas outras mulheres, o Bispo de Roma afirmou:

"Não era uma escolha individualista; exatamente com essa proximidade ao Senhor, amadurecia nelas também a capacidade de serem conselheiras para muitos, de ajudar aqueles que viviam em dificuldade nesta vida".

Uma das mensagens  mais características da teologia mística de Juliana, segundo o Papa, pode ser expressa da seguinte maneira: "A ternura, a solicitude e a doçura da bondade de Deus por nós são tão grandes que, a nós, peregrinos sobre a terra, evocam o amor de uma mãe por seus filhos".


A audiência


O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 10h30 (em Roma – 7h30 no horário de Brasília). Após o encontro, Bento XVI lançou um apelo para que os católicos do mundo todo rezem pela Igreja na China.

O Papa também abençoou uma estátua de bronze da Beata Virgem de Loreto, Padroeira da aviação, que será colocada no aeroporto de Fiumicino, em Roma. De acordo com o Pontifício Conselho para a pastoral dos Migrantes e Itinerantes, a estátua representa Maria com o Menino Jesus e tem sob os seus pés o globo terrestre com três aviões que o circundam. Possui a altura de 2,50 metros e será colocada no aeroporto em uma cerimônia oficial no próximo dia 10, no 90º aniversário da proclamação da Virgem como Padroeira da aviação.

Na saudação aos fiéis brasileiros, o Papa salientou:

"a minha saudação amiga para todos vós. Da infinidade de coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendei a elevar o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e vereis que as dores e aflições da vida vos farão menos mal. Com estes votos, desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção Apostólica".
FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=279128

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